segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dane-se a natureza! Parte 1

QUEM PREOCUPA-SE COM O MEIO?

            Recomendo que se você é um daqueles ecoxiitas, defensores da "mãe natureza", por favor, não prossiga com a leitura. Ou prossiga, afinal, você tem o direito de me fazer as críticas.
     
            Primeiro, deve-se sem dúvida, fazer-se uma brevíssima discussão sobre o termo Meio Ambiente, pois, como dizem alguns é o famoso "João, João." Por quê? Pelo simples fato de MEIO e AMBIENTE significarem exatemente a mesma coisa. Desse modo é redundante dizer Meio Ambiente. Mas, isso acaba sendo apenas um detalhe, e certamente sem grande importância.
     Recentemente andei fazendo alguns levantamentos prévios, e pude perceber [algo que já esperava] que o debate, as polêmicas... enfim, as discussões acerca do ambiente não são temas ou problemas atuais, apesar de fazer parte da atualidade, mas que remontam ao século XIX, me arriscaria ainda a dizer que possuem seu germe no século XVIII. Por quê?
            A resposta é de certa maneira simples, porque nos séculos XVIII e XIX, o mundo, especificamente o mundo europeu, passava por uma série de profundas transformações nas suas estruturas política, econômica, social e espacial.  Foi o período da Revolução Industrial, que de modo consistente ia mudando a forma como o homem relacionava-se com o seu território. Antes desse período, o ritmo da humanidade era orquestrado pela própria dinâmica da natureza. Essa relação iniciou sua ruptura com a introdução das inovações tecnológicas, as quais modificaram o trabalho, acelerando-o, sistematizando-o e fragmentando-o. O homem ser passa a ser o homem máquina.
            A natureza nesse processo é desnaturalizada. Não é mais “amiga”, é recurso. Não é mais o lugar dos homens, mas dos negócios. A máquina a vapor, a de tear, o uso do carvão mineral no século XVIII seguido pelo petróleo, a locomotiva, o telégrafo, entre outros no século XIX, fizeram essa cisão entre homem e natureza, que apenas acentuou-se de modo colossal nas décadas e séculos seguintes. Sai de cena a natureza natural e assume o ato a natureza social, historicizada pela técnica.
            Nesse ponto, já possível perceber que os temas tão debatidos na atualidade - apesar de terem se difundido após a década de 1970, quando governos e cientistas de todo o mundo decidiram discutir os limites do crescimento, o desenvolvimento sustentável o ecodesenvolvimento e tantos outros debates similares – são fruto de um processo histórico, e que, portanto não podem ser analisados de modo isolados – como costumam fazer a maior parte das grandes redes de informação – porém, precisam de análises coerentes baseadas nas evidências científicas, na análise política e filosófica. Senão, apenas repetiremos com o coral as tolices regidas pelos agentes hegemônicos.
            Bom, este texto foi apenas o princípio de uma série que pretendo discutir nos próximos posts. Debaterei alguns temas como: Aquecimento global, realidade ou ficção política? A quimera do desenvolvimento sustentável. Para quem é a globalização? Esses são alguns deles. Espero tê-lo por aqui nos próximos capítulos. Grande abraço.


Mamede.
    

 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Anedotas do Jô.

Papos Furados

 HOMEM 1 - Eu tenho a impressão de que a minha mulher anda me enganando.
  HOMEM 2 - Por quê?
  HOMEM 1 - Eu me mudei do Rio aqui pra São Paulo e o meu entregador de pizza continua sendo o mesmo.

  MÉDICO - O senhor tem o hábito de falar quando dorme?
  POLÍTICO - Não, doutor, mas todo mundo dorme quando eu falo.

  BÊBADO - Minha mulher fugiu com meu melhor amigo.
  OUTRO BÊBADO - E quem é ele?
  BÊBADO - Eu não sei, mas pra fugir com aquilo só mesmo sendo muito amigo.

  MENDIGO 1 - Dizem que tomar banho faz mal à saúde.
  MENDIGO 2 - É mentira. Não tomar banho é que é falta de higiene. Eu mesmo tomo banho uma vez por ano, mesmo quando não preciso.

  MARIDO - Quando tomo café da manhã, eu me sinto vinte anos mais jovem.
  MULHER - E por que é que você não toma esse café antes de se deitar?

  VELHINHO - Olha que lindo... os rapazes correndo pelo parque atrás das moças. Você lembra quando a gente fazia a mesma coisa?
  VELHO MAIS VELHINHO - Lembro... Eu só não lembro por quê...

  MENINO - (observando sem entender, dois insetos no ritual de acasalamento)
    - Mamãe! Mamãe! Olhe uma barata de dois andares!

  AMIGA 1 - Agora eu vou tomar muito cuidado para não ficar grávida.
  AMIGA 2 - Como assim? O teu marido não fez vasectomia?
  AMIGA 1 - Por isso mesmo.

  MÃE - Pois é, minha filha. Eu posso dizer que casei virgem. Será que você vai poder dizer a mesma coisa?
  FILHA - Eu acho que sim, mas não com essa cara-de-pau.

  MARIDO - (abrindo o armário do quarto)
     - Quem é o senhor e o que o senhor está fazendo aí dentro?!
  AMANTE - Eu sou o dedetizador e estou aqui no armário matando as traças.
  MARIDO - Nu?!
  AMANTE - (examinando-se) - Não é que as safadas já comeram a minha roupa toda?

  FREGUÊS - Garçom, tem uma mosca no meu bife!
  GARÇOM - Não precisa ficar preocupado que ela vai se ferrar já, já. Olhe o tamanho da aranha que está saindo de trás da batata.

  PSICANALISTA - Há quanto tempo o senhor tem essa mania de ser galo?
  PACIENTE - Desde quando eu era pinto.

  IGNORANTE 1 - Você conhece o barbeiro de Sevilha?
  IGNORANTE 2 - Não. Eu só corto o cabelo no meu bairro.


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Lula Lá! E Dilma...?

     Após décadas de dinastias burguesas o Brasil pode, em fim, ter sob seu comando um chefe de Estado que não adveio das elites, mas, da classe proletária. É claro que não se deu da noite para o dia, contudo, aconteceu: Lula finalmente chegou "Lá". Em 2002 vence o tucano José Serra, e em 2003 assume o posto mais alto do poder executivo. Tudo parecia um sonho: - "Um igual a nós. Que lutou contra a fome e a miséria fugindo para o sudeste em um Pau de Arara." - diziam as classes mais baixas.
     Lula chegou "Lá", porém, vencer as eleições contra os tucanos e contra a Rede Globo foram apenas minúsculos passos que "o presidente do povo" deu. O trabalho de verdade ainda estava por vir. Não é preciso um grande esforço para lembrar algumas das situações em que encontrava-se o Brasil que Lula havia herdado, não apenas de FHC (Fernando Henrique Cardoso) mas, de uma orda de gerações de políticos que construíram uma política puramente umbilical - não seria exagero dizer uma política Feudal - centrada unicamente em interesses burgueses.
      Certamente o maior legado de FHC foi o Plano Real - quando ainda Ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco - juntamente com sua política econômica. Talvez também tenha sido o único baluarte do início ao fim do governo FHC. Porém, todo evento tem o seu tempo de exploração mediático, e a sociedade brasileira mostrou - no início de modo ténue - que se os tucanos não desengavetassem com urgência uma nova bandeira que justificasse a continuidade da politica da extrema direita, as eleições para os sócio-democratas seriam um natimorto.
     De algum modo o medo de um operário subversivo que tornaria o Brasil em um estado comunista (o que não seria na mau), foi sendo aos poucos substituído por um sentimento de renovação, de experimentar algo diferente, afinal, como muitos diziam: O que poderia ficar pior? Em grande parte a sociedade tinha razão, o Brasil estava em recessão econômica, o salário mínimo tinha um dos piores poderes de compra do Mundo (ainda precisamos melhorar nesse sentido), o Real, que era a moeda forte do Brasil, fazendo frente com o dólar nos seus primeiros anos, foi totalmente desvalorizado em 1999, as reservas internacionais do Brasil... Que reservas?! O Brasil não as possuía, logo, com era de costume desde o período colonial, mais uma vez estava láaaaa, pedindo dinheiro ao FMI, uma verba que não tinha outro propósito a não ser arrefecer a alta pujante do dólar e satisfazer os interesses do banqueiros internacionais. Uma velha tática para acalmar o tal mercado financeiro. Os índices sociais eram os piores possíveis, igualando-se em muitas taxas, aos de países africanos e da América Central.
     Em linhas beeeem gerais, está traçado o quadro que Luiz Inácio Lula da Silva teria que enfrentar. Meses após assumir o comando do Palácio da Alvorada, Lula começa a enfrentar seus primeiros revezes políticos. Sem dúvida, um dos que mais marcou o seu governo foi o desmantelamento da sua equipe política de maior poder no governo, liderada por José Dirceu, Antônio Palocci e Luiz Guchiquem, os mosqueteiros de Lula, os quais, não resistiram os deleites de Sodoma e Gomorra, e logo caíram, e como em um trio elétrico, arrastaram uma multidão.
     Porém Lula resistiu firme a todas as denúnias, protestos, acusações, traições, tendo que, como ele mesmo disse: "cortar na própria carne". Alguns menos avisados, e outros muito bem informados lideraram um profusão de manifestos por todo o Brasil, aqueles completamente influenciados pela militância aparelhada das direitas inconformadas com o fato de um partido de esquerda ter assumido o comando da nação. 
     A diferença entre Lula e os outros, foi o modo de governo, pois, mesmo sendo satirizado pelas charges de Chico Caruso, e muitos dos pífeis comentários de Arnaldo Jabor nos telejornais da Globo, porque ele não sabe falar inglês, comete muitíssimas gafes, faz analogias não acadêmicas e cursou apenas o antigo 2º grau; ele mais do que governou, ele liderou.
    A sua liderança foi traduzida nos inúmeros projetos aprovados, nos avanços dos programas sociais , diminuindo um problema que nos é vergonhoso: a fome! Pois estamos entre os maiores produtores de grãos do Mundo, pois somos o maior produtor de carne, pois temos os mais ricos recursos hídricos do Mundo... Muitos criticaram, e criticam, ótimo, elas ajudam a melhorar, contudo, ele foi o único capaz de levar a frente as ideias de projetos e não furtar-se às críticas. Só não recebe críticas quem está em estado de letargia. A sua liderança foi confirmada como o presidente com maior aceitação da História do Brasil. Certamente Maquiavel e Sun Tzu o aplaudiriam de pé. A sua liderança confirmou-se com a reeleição em 2006. Por fim, a sua liderança confirmou-se com a eleição de um sucessor, ou melhor, de uma sucessora.
     E a Dilma? O que será? Muitos a questionam, dizendo que ela não conseguirá continuar o projeto do Brasil da Revolução Lula. Esquecem que ela, de longe, foi uma peça fundamental no governo Lula, eleita pela revista Forbes como uma das personagens mais influentes do Mundo. 
     Ainda é cedo para se dar um prognóstico, porém, certamente que o povo brasileiro vive em um país diferente, em um país que mesmo muito distante, exerga um novo horizonte.




Cordialmente,
Mamede.
    

domingo, 10 de abril de 2011

Professor: Ser ou não Ser?

Esta postagem será direcionada aos professores e aos aspirantes à professores.

    Certamente existem centenas de professores que se posicionam, ou pelo menos deveriam se posicionar sobre o tema. Porém, o que muitas vezes torna-se difícil de entender é que muitos - talvez a maioria - furtem-se dessa discussão imprescindível no universo do magistério: Por que sou professor? É isso que gosto de fazer? Estou na profissão por acidente? Ensino apenas porque não tenho algo melhor para fazer?
    Se tuas respostas foram positivas às questões acima, meu caro colega, sinto informa-lhe que há uma grande chance de você está trilhando o caminho errado. E nesse aspecto, não apenas você, mas, aqueles que estão sob o seu comando correm sérios riscos. Riscos? Sim! Riscos. Mais adiante explico o porquê.
    Não é preciso ir longe, aí mesmo, onde você está agora, pare e reflita sobre sua conduta na sala de aula. Você vai dormir já pensando em ter que levantar no outro dia para ir aquele "inferno"? No caminho já vai planejando: - Se aquelas "pestes" daqueles alunos me fizerem um tantinho eles vão ver só? Mal entra na sala já esperando a hora dos 20 min de intervalo? Os alunos não prestam atenção na sua aula e você logo diz: "Vocês não querem nada com a vida!"?
     Ehhh companheiro(a) você está em apuros. É possível obter um breve diagnóstico de que precisamos mudar a partir das indagações acima citadas e outros resmungões que geralmente fazemos quando não estamos felizes com o que fazemos como: O governo deveria dar um aumento! Vamos fazer uma greve para reajuste salarial! Isso é uma vergonha, um professor receber o que eu recebo! Esse salário é uma miséria! Ou então: Não vou me matar de trabalhar, só os donos dessa escola é quem estão lucrando! Não há nada que se aproveite aqui! Estudei tanto para ficar nessa?!
      Você não precisa "ficar nessa!". Meu caro(a), ficar nessa ou naquela é uma questão de escolha, você só chegou aonde está por causa de suas escolhas, e não por obra do destino, falta de sorte ou opção como muitos costumam dizer. Você escolheu o curso da faculdade. Você escolheu a escola onde trabalhar. Você escolheu as turmas para ensinar. Você escolheu ser explorado(a). Você escolheu não dar o melhor de si. Você escolheu seu salário. E por fim, você escolheu ser o que é. 
     Então, como você pode culpar o outros por suas escolhas. Por isso eu disse que você corre sérios riscos. O primeiro e mais evidente em todas as pessoas é o risco de morrer e não ter se sentido realizado, de não ser feliz em fim. O segundo é o risco de ser um professor sempre pobre ou no máximo de classe média, atolado em dívidas. E o último e o de prejudicar os sonhos dos seus alunos.
     Eu imagino se um médico na hora de ralizar um procedimento cirúrgico ele resolve lembrar de que não está sendo bem remunerado pela função de extrema importância que ele desenvolve naquele momento tão crucial, e vai embora da sala de cirurgia. Se os Ministros do Supremo resolvem "dar notas" apenas para aqueles que parecem ser bem comportados (todo professor sabe do que estou falando). Ou se o bombeiro deixa de realizar um resgate porque não dispõem de todos os equipamentos que ele julga necessário para aquele momento de vida ou morte.
     Pare de se lastimar como se você fosse a pessoa mais injustiçada da face da Terra. Pare se sentir um coitadinho. Pare de ficar com a "boca escancarada cheia de dentes esperando" uma decisão do ministro, presidente, prefeito ou diretor de reajustar o seu salário para aquilo que você almeja receber. Pare de ficar assistindo novelas. Assine uma revista na sua área. Leia os jornais. Compre livros. Participe de congressos. Discuta em fóruns. Atualize-se. Se não conseguir ser o melhor de todos na sua área, pelo menos seja o melhor de si. Afaste de si os professores reclamões, eles só atraem influências negativas.
     Não reclame, discuta. Não arranje, planeje. Não devanei, escreva um objetivo claro e trace um plano de ação. Se VOCÊ não tomar uma atitude, niguém tomará por você. Então: Aja!


Cordialmente,
Mamede
Prof. de Geografia

sábado, 9 de abril de 2011

Por que Caleidoscópio?

Primeiro vamos a definição:

caleidoscópio
(grego kállos, beleza + eîdos, o que é visto, forma + -scópio)
s. m.
1. Aparelho de física, para obter imagens em espelhos inclinados, e que a cada momento apresenta combinações variadas e interessantes.
2. Conjunto de coisas que se sucedem, mudando.

Dada a definição, acho que agora fica mais fácil entender...

Este blog é um projeto que eu tinha há algum tempo - algo em torno de dois anos - porém, durante este período, esbarrei em alguns problemas de ordem técnica - talvez até de ordem filósfica - porém, agora, pretendo levá-lo a frente e compartilhar ideias com outras pessoas que usam esse poderoso e maravilhoso instrumento de comunicação do mundo contemporâneo: a internet (neste caso mais precisamente um blog).
A minha proposta é que este seja um espaço de discussão de temas dos mais variados, que, a depender do prisma em que se olhe, haja uma mundança completa na forma como se enxerga determinado assunto, fato ou evento. Por isso, bem vindos ao CALEIDOSCÓPIO.

Cordialmente,
Mamede.